Páginas

quarta-feira, 31 de março de 2010

A minha escola de sempre

Na minha terra havia uma escola primária, antigamente chamada de escola feminina, dois pisos, dois pátios cobertos, terreno circundante, construção “sui generis”, inigualável, não era igual nem parecida á matriz arquitectónica das escolas típicas do Estado Novo, período quando foi construída, em termos técnicos não sei se era bonita ou feia, mas para mim era a mais linda, hall de entrada, duas salas, uma em cada piso, sala de trabalhos manuais, casas de banho com espaço para serem alteradas e ampliadas se fosse necessário, cantina, anexos, etc….
Situada no sitio mais elevado da terra, juntamente com a capela e a igreja, era bem identificada, as suas três janelas em semicírculo com caixilhos de madeira e envidraçadas, um ex-libris da terra, eram rapidamente reconhecidas pelos Colenses e pelas centenas ou até mesmo milhares de condutores e passageiros que através da Estrada Nacional atravessam e circundam quase por completo a minha bela localidade.
De fronte, uma entrada com arcadas dava acesso ao pátio anterior á entrada, por cima, três janelas rectangulares, por baixo das janelas, bem visível, gravado a fundo na cantaria, pintadas de preto sob a cal branca das paredes a inscrição “Escola Primária”, inimitável, inigualável, inesquecível, como se ali para sempre fosse o sitio onde dezenas de gerações aprenderiam a ler e a escrever, a fazer contas, a crescer educados.
Soalhos de madeira, escada de madeira antiga, corrimão envolvente e polido pelas milhares, milhões de vezes que mãos que o percorreram, quer para cima quer para baixo.
Esta era a minha escola, ou melhor, foi a minha escola, mas para sempre seria a minha escola, recordada como tal, foi a de meu pai e seria a do meu filho, onde tantas gerações de Colenses aprenderam as suas primeiras letras, os seus primeiros números, a sua educação básica, o que equivale dizer que comparado com o que se ensina actualmente, era bem melhor que o actual secundário.
Esta era a escola de todos nós, e digo era porque as “novas politicas” de educação determinaram e decidiram que as novas exigências educacionais já não eram compatíveis com as condições oferecidas pelas instalações da velhinha escola primária. E isto para mim é, no mínimo, discutível!
Porquê? Pode-se perguntar, os terrenos circundante tinha sido pavimentado, o edifício tinha sido pintado de novo não havia muitos anos….reconheço que é pouco, faltava mais manutenção, faltava a velha escola passar por uma profunda intervenção, das fundações ao telhado….mas então porque não se avançou para essa solução? Porque não se fez um projecto de remodelação e se avançou para obras? Não, em vez disso as três emblemáticas janelas superiores foram emparedadas e tapadas com tijolos, ficando o edifício, naquela altura, a parecer uma sinistra prisão, actualmente essas janelas de madeira foram substituídas por caixilhos de alumínio, que continuam a ser igualmente aberrantes.
E porque razão entregar o edifício á Cruz Vermelha? Nada tenho contra a Cruz Vermelha, para que não hajam dúvidas, e muitos vão-me condenar, mais uma vez, por esta opinião, mas não havia mais opções a ponderar? Porque não uma biblioteca, um cineteatro, um museu, certamente haveria mais ideias, mais projectos a discutir.
E depois porque razão se decidiu pela construção de uma escola primária nova dentro do recinto da actual Escola EB 2+3 e já a meio caminho do Vale Rodrigues?
Será que a verba disponível para a construção da nova escola não podia ter sido usado na recuperação da velha escola primária? Será que os 200.000,00 euros, ou lá quanto custou a construção da nova escolinha, não serviam ou chegavam para recuperar o antigo edifício da velha escola? Dotá-la de tudo o que era necessário para o fim a que se destina, ou seja, ensinar e educar?
Ao que parece, e seguindo a politica do chefe máximo da Nação, Sócrates, é importante apagar a memória colectiva, é importante obliterar anos e anos de convívio no mesmo espaço, brincadeiras, zangas, jogos, aulas, testes, notas, ilusões e desilusões.
Pergunto eu, isto é ou não passar um atestado de imbecilidade e estupidez a todos os antigos alunos da velhinha e antiga escola?
Porque razão se torna tão objectivo o esconder o passado, quantos de nós jogaram ali á apanhada, a berlinde, ás escondidas, ao pião, a funcho, na lama, á chuva, ao frio e ao vento, e não estamos cá todos homens e mulheres fortes e educados?
Penso que sei que estas são actividades não praticadas na nova escola, não devem constar no “programa educacional” do (des)governo pinócrates/PS
Pode-se mesmo dizer que todas estas brincadeiras e jogos tradicionais estão extintos ou para lá caminham, ultrapassadas pelo tempo voraz da era dos computadores, pessoais e individuais, inúteis, …….playstations e jogos de PC de onde se passou directamente do berlinde e do rodopiar do pião para jogos com os sugestivos nomes de Street Combat, Street Fight, Mortal Combat, Evil Dead, etc, etc…….onde os tiros virtuais, morte, guerra e violência gratuitas passam a fazer parte da educação dos novos tempos.
Será as inócuas aulas de ginástica melhores que as intermináveis corridas dos jogos da apanhada ou escondidas? Ou os computadores melhores que os jogos de berlinde ou pião?
Não são, nunca serão porque fora do recinto da escola o mundo continua a ser o mesmo, com a diferença de ser muito mais perigoso, mas as respostas continuam a não existir, muda-se a forma e o conteúdo, mas a vida real continua difícil, mais difícil e exigente, e as nossas crianças não estão a receber a educação nem a formação correcta e adequada para enfrentar de futuro esses novos desafios e dificuldades!
Uma nova escola precisava-se, mas não um novo edifício num novo lugar, o que precisávamos, e vamos continuar a precisar, é de uma nova politica educativa orientada para a construção de um Portugal novo, remodelado, portador do peso histórico, desafiante e combativo, exigente e incorruptível, tradicionalista e orgulhoso do seu glorioso passado.

terça-feira, 30 de março de 2010

Curiosidades de Colos

Cuidado, a quinta dimensão chegou à nossa terra, o insólito existe em Colos num sitio, onde, para alem do seu portão, podemos estar em qualquer destes lugares ou situações:
  • Campo de Concentração do Tarrafal (Agro Turismo)
  • Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus
  • Proibido colher cogumelos, espargos e outros produtos silvestres
  • Área de não caça
  • Campo de treino de caça
  • Caminho agrícola particular, acesso reservado

segunda-feira, 29 de março de 2010

A minha terra (e arredores)

Gosto de pensar as fotografias como objectos de memória, onde lugares e pessoas são vistos, sentidos, num exercício de memória, ou lembrança: lembrar o presente e o ausente; perceber os esquecimentos.
As imagens do passado, por exemplo, são, ao mesmo tempo, o que pensamos hoje sobre ele e o que dele ficou retido na fotografia – um outro modo de pensá-lo novamente. Quando voltamos à fotografia, temos a mesma possibilidade de ver a rua, o lugar, o sitio, nas grandes dimensões que o nosso olhar infantil via.
O passado tem cheiro, forma, textura, sabor, sons, luminosidade, mas de tudo isso construímos uma só imagem, uma fotografia para a eternidade, como forma de transmitir algo de nós, das nossas raízes e da nossa cultura ás gerações futuras.


PhotobucketPhotobucketPhotobucketPhotobucketPhotobucketPhotobucket
PhotobucketPhotobucketPhotobucket
PhotobucketPhotobucketPhotobucketPhotobucket

sexta-feira, 26 de março de 2010

Feira Romana na Escola de Colos

O dia 25 de Março vai ficar na memória da nossa escola pela realização da Feira Romana e pela presença do conhecido humorista Ricardo Araújo Pereira, dos Gato Fedorento.
Uma boa organização garantiu o sucesso da realização da I Feira Romana na Escola de Colos, professores, auxiliares, alunos e alunas, todos, ou quase todos, envolvidos de alma e coração no acontecimento proporcionaram a todos os pais, visitantes e amigos um dia diferente e agradável.
Por toda a escola havia barraquinhas com venda de produtos feitos pelos alunos, também desde produtos hortícolas, doçaria da região entre outras coisas, a escolha era variada e foi uma agradável surpresa.
Havia também uma feira do livro e realizaram-se diversas actividades como jogos, música, exposição de cabras anãs, actividades desportivas romanas e até um desfile de moda romana.
Artesãos estiveram presentes, com a mostra de artesanato popular, cerâmica, madeiras e cantadoras acompanhadas de viola campaniça.
No periodo após o almoço foi a vez de entrar em cena Ricardo Araújo Pereira, que encheu por completo a sala polivalente com os inúmeros visitantes que acorreram à escola.
Numa conversa informal de perguntas e repostas entre o convidado e os presentes, o "gato fedorento" lá foi respondendo a coisas tão insólitas como "qual o número dos teus sapatos?" ou "qual a tua altura?" até "não imitas o Sácrates?" e cujas respostas arrancaram algumas boas gargalhadas.
Uma iniciativa com muito mérito, bem organizada, a escola está de parabéns pela forma como conseguiu mobilizar, tanto os alunos e corpo docente, mas também a população de Colos e restantes terras do agrupamento de escolas.
Uma iniciativa que se quer repetida e ampliada, para isso tenho a certeza que não faltará o apoio da Junta de Freguesia em futuras iniciativas.

PhotobucketPhotobucket

PhotobucketPhotobucketPhotobucketPhotobucketPhotobucket
PhotobucketPhotobucketPhotobucket
PhotobucketPhotobucketPhotobucket
PhotobucketPhotobucketPhotobucket
PhotobucketPhotobucket

Comunicado da Câmara Municipal de Odemira à população de Colos

Acerca da transferência da Farmácia Colense a Câmara Municipal de Odemira emite o seguinte comunicado e envia uma carta ao Infarmed:
Pode ler-se AQUI
Clicar nas imagens para ampliar
Comunicado
Carta para o Infarmed

quinta-feira, 25 de março de 2010

Gente de cá - Zé do Forno


Em tempos que já lá vão não existiam padarias em Colos, nem ninguém que viesse de fora vender pão. Eram as próprias famílias que amassavam á medida das necessidades de cada uma, levando de seguida o pão para cozer num dos três fornos existentes na freguesia.
José Pereira, mais conhecido em Colos por Zé do Forno, nasceu em Garvão há 85 anos. Com cerca de 20 anos, veio viver para Colos com os pais e os dois irmãos, à procura de uma vida melhor, depois de em moço ter ajudado o pai, que era moiral, a guardar porcos.
Ao chegarem a Colos, o pai comprou um dos três fornos que coziam o pão na terra, pondo-o a ele, que era o mais velho, a cuidar do negócio. Tudo isto nos anos 40 do século passado.
Trabalhando sozinho, era pau para toda a obra: apanhava lenha «onde a agarrava e a deixavam trazer», acendia o forno, ia buscar os tabuleiros com o pão cru e mais tarde ia entregá-los aos donos com o pão já cozido.
Para que tudo corresse bem, tinha que ir de véspera a casa dos fregueses para saber que é que precisava de cozer no dia seguinte. As pessoas amassavam de noite pois tinham de trabalhar de dia.
O pagamento da cozedura era feito no sistema da “maquia”: o dono do forno, em vez de receber em dinheiro, ficava com um certo número de pães de entre o total da cozedura. Já não se lembra das quantidades exactas, mas a coisa rondava um pão de “maquia” por cada 12 ou 15 pães cozidos. A partir de certa altura mudou o sistema de “maquia”, passando o serviço a ser pago em dinheiro.
Casou com 22/23 anos, mas nunca teve filhos «porque não calhou». A mulher morreu ainda nova, com cerca de cinquenta anos. Como não tem descendentes directos, a casa do forno vai ficar para os sobrinhos.
Deixou de cozer no inicio dos anos oitenta, depois de ter tido que arranjar «um livro de contabilidade para assentar os pães que cozia e o ordenado que tirava» e de lhe terem exigido «condições para continuar a cozer que ele não tinha», tendo decidido por isso «da baixa do forno».
Neste momento, ele e o irmão mais novo, de 79 anos, vivem no Lar da Misericórdia em Colos.Tem uma pensão de 42 contos (210 euros) que serve para pagar o alojamento e ainda lhe dão «algum troco».
Esteve doente há cerca de dez anos atrás. Levaram-no para Odemira e a seguir para Beja e «desde essa altura ficou a viver no Lar», onde «come, dorme, vê televisão e vem até cá fora apanhar sol quando o tempo deixa».
Obrigado Ti Zé, por ter cozido o pão que durante quatro décadas alimentou muitos dos habitantes da Vila de Colos.

Publicado no Jornal  Costa a Costa

terça-feira, 23 de março de 2010

Grande Noite de Fados em Colos

O agrupamento 1179 de escuteiros de Colos, com o apoio da Junta de Freguesia de Colos e da Câmara Municipal de Odemira, promove e organiza uma noite de fados em Colos
O evento terá lugar dia 27 de Março, com inicio ás 21:30 Horas e conta com os seguintes artistas:

Sandra Tomaz
Celso
Zé Rato
Artur "D`Odemira"

Guitarra: Celestino Guerreiro
Viola: António Serápio

segunda-feira, 22 de março de 2010

1º Passeio de Motorizadas da Sociedade Recreativa Colense

Um dia, na primeira metade do século XX, alguém disse que no começo dos anos 50 desse mesmo século, a motorizada ia transformar o Portugal rural e das aldeias. Assim aconteceu. A motorizada implementou-se por todo o país, num êxito que se deve, em parte, aos inúmeros fabricantes de motorizadas, principalmente do Norte, mas também aos inúmeros importadores e comerciantes ligados ao meio com enorme paixão.
Se a roda marcou a evolução da humanidade, duas rodas e um motor abriram, no século XX, novos horizontes ao homem, dando-lhe uma nova mobilidade, novas capacidades, desafiando os limites da velocidade, estimulando a competição e permitindo-lhe circular com uma outra versatilidade.
O termo «moto» é hoje convencionalmente usado para definir um veículo com duas rodas e um motor. Todavia muitas foram as designações que, até hoje, desde a sua criação, se utilizaram para a identificar: bicicleta-automóvel; bicicleta ou triciclo com motor; motociclo; motocicleta; motoreta; motorizada; velomotor; petrolete; velocípede com motor; bicicleta a petróleo e por ai fora……entre nós, no Alentejo, em Colos, são conhecidas por motorizadas, e são essas mesmas motorizadas que pretendemos recordar no 1º Passeio de Motorizadas da Sociedade Recreativa Colense.
De terra em terra, de monte em monte, de lugar em lugar, vamos reviver tempos idos e percorrer os velhos caminhos que os nossos antigos tantas vezes trilharam, de verão e de inverno, nos seus afazeres diários, idas e vindas do trabalho ou por puro divertimento, vamos recordar as Casal, as Zundapps, as SIS, as Macal, as Sachs, as Vilar, as Famel e todas as outras que nos honrarem com a sua presença.

1º Concurso de Fotografia da Sociedade Recreativa Colense

"Fotografia é imagem. Mas não apenas. Ela é o tempo detido, é a memória. É a evidência da luz que incidiu sobre um objecto específico, num lugar específico, num momento específico. Se por um lado isto soa como uma limitação, por outro é o próprio mistério da fotografia. Aquilo que vemos numa foto aconteceu. Às vezes de uma maneira que não sabemos como ou porquê - a fotografia não explica. Mas aqueles objectos e pessoas que se gravaram sobre o filme e hoje são imagens, ontem existiram. É isso que estimula nossa imaginação."
Clóvis Loureiro em: A linguagem da fotografia
A Sociedade Recreativa Colense (SRC), integrada no âmbito das comemorações do 25 de Abril no concelho de Odemira, promove o 1º Concurso de Fotografia subordinado ao tema "Vila de Colos".
Os trabalhos devem ser entregues ou enviados para a sede da SRC até ao próximo dia 20 de Abril, onde ficarão expostos até ao dia 28 de Abril, data em que serão divulgadas as três fotografias vencedoras.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Procissão dos passos em Colos

Realiza-se no próximo domingo, dia 21 de Março, em Colos, a já tradicional festa / procissão dos passos.
Ao longo dos séculos, na época quaresmal, os cristãos souberam traduzir, por diferentes formas, os mistérios principais da sua Fé na Morte e Ressurreição do Senhor. A Procissão dos Passos é uma maneira visível e silenciosa de proclamar o Mistério da Paixão e Morte de Jesus Cristo. A comunidade cristã da Colos, goza a felicidade de acolher no seu seio uma das mais antigas manifestações de religiosidade popular, que tem por tradição reconstituir os momentos mais marcantes alusivos à morte de Cristo, com a realização da solene procissão do “Senhor dos Passos”, no próximo fim-de-semana.
Os pontos altos das cerimónias de domingo residem na Celebração da Eucaristia e Sermão, na saída das imagens da igreja matriz e subsequente caminhada pelas duas ruas de Colos, uma rua para cada imagem, culminando com o derradeiro encontro, realizado na Praça D. Manuel I, numa simbologia do encontro de Cristo com sua mãe, a caminho do calvário, seguindo-se além do Cantar da Verónica, no Sermão do Encontro, e o Sermão do Calvário.
A Procissão dos Passos em Colos oferece a participantes e espectadores, em quadros alegóricos e encenação dramática, a caminhada de Cristo até ao Calvário. A própria imagem de Jesus, o “Senhor dos Passos”, levando a cruz às costas (a imagem do Senhor dos Passos, apresenta-o com um dos joelhos no chão e a Cruz aos ombros), percorre as ruas da Vila de Colos, como outrora percorreu as de Jerusalém, numa autêntica “via-sacra”
Relembrando o passado, num acto de nostalgia e saudosismo pelos magníficos e defuntos anos 80 do século passado, recordo com saudade as procissões dessa altura, na inocência da minha infância, ainda com o meu pai presente.
Nessa época, esta procissão em Colos tomou forma, grandiosidade e fama, com a visita de inúmeras pessoas à nossa terra para assistir, presenciar e participar na festa religiosa.
São desse tempo as fotos que hoje coloco aqui, a chegada da imagem do senhor dos passos ao Largo D. Manuel I, a Verónica, o regresso à Igreja feito através da Rua Carlos Maia.
Deixo o exercício de reconhecimento das pessoas nas fotos para todos, algumas já não se encontram entre nós, outras estão longe, afastadas da sua terra por motivos diversos.
Concerteza que estas imagens a alguns colenses trará recordações, emoção e saudades.
Quero mais uma vez agradecer a Maria Emília Guerreiro Figueira pela cedência das fotos


segunda-feira, 8 de março de 2010

Gente de cá - André Guerreiro

André Guerreiro, verdadeiro filho da freguesia, a mãe é da Ribeira do Seissal e o pai e o nosso super conhecido Fontainhas, colense de gema.
Multifacetado e irreverente, André Guerreiro enveredou por uma carreira de barman com enorme sucesso, conforme testemunha o video:
É um artista de Colos, pois claro....


quinta-feira, 4 de março de 2010

Abril em Colos - Actividades da Sociedade Recreativa Colense

A Câmara Municipal de Odemira tem vindo a desenvolver e a promover ao longo dos últimos anos uma série de actividades relacionadas com a temática da malfadada revolução abrileira de 74, vulgarmente denominada e conhecida por 25 de Abril, embora isso para muita gente das novas gerações seja apenas sinónimo de festa rija, bebedeiras e outros devaneios próprios das idades mais jovens. Para outros como eu, o significado de tal data é bem diferente, embora confesse que também aproveitei, e bem, embora por motivos distintos, a festa rija oferecida pela edilidade odemirense nos idos anos 80 e 90 do século passado, outros tempos, outras histórias.....
Para mim, actualmente, a data resume-se à triste lembrança da traição protagonizada por meia dúzia de antipatriotas, que, 36 anos depois, conduziu ao caos governativo instalado actualmente, à corrupção, à criminalidade, à insegurança, a tudo o que de pior se pode verificar.
Mas deixemos o ridículo das comemorações do 25 de Abril..., foguetes, discursos e paradas militares chegariam para relembrar a faustosa data, se não chegassem a miséria, a quase fome, o desprestígio interno e externo que sofremos todos no espírito e na carne... Movimentaram-se os usufrutuários da revolução para defenderem os respectivos privilégios; nunca como hoje foi tão baixo o nível moral, social e político da classe política que governa Portugal.
O povo, esse quer é festa, venha ela de onde vier, e voltando ao tema, no presente a festa odemirense encolheu, se comparada com as fartas manifestações politico/partidárias do passado, mas a novidade desde à alguns anos é a descentralização das actividades pelas diversas freguesias e associações do concelho, tendo o mérito de "agitar as massas" e fazer mexer as pessoas, o que sempre é de louvar.
No que à nossa terra diz respeito, a Sociedade Recreativa Colense volta a chamar a si a responsabilidade se organizar uma série de actividades durante o mês de Abril, com o patrocínio da Câmara Municipal de Odemira e da Junta de Freguesia de Colos,
Junto apresento o cartaz das actividades e o calendário das mesmas:




10 de Abril:

Demonstração de Kickboxing / Defesa pessoal
O evento realiza-se no Pavilhão Gimnodesportivo da Escola E.B.2+3 de Colos pelas 10:00 horas da Manhã, com uma sessão de demonstração desta actividade por elementos que practicam este desporto em Colos.
10 de Abril:
Meeting Fitness
Mais um evento a realizar-se no Pavilhão Gimnodesportivo da Escola E.B.2+3 de Colos, com início pelas 16:00 horas.
A ideia é divulgar e proporcionar uma aula de fitness à população de Colos.
(é uma actividade um bocado "abichanada" mas pelos vistos tem seguidores, vá-se lá saber porquê...!?)
11 de Abril
II Convívio / Demonstração de Carrinhos de Rolamentos / Rodas de Charrua
O regresso ao passado e o reavivar de memórias sempre são a minha alegria, e os carrinhos de rolamentos são uma espécie de regresso, “sério”, à infância de todos nós.
Relembrar as horas e horas de alegria e brincadeira em que as crianças, eu e vocês, todos, fabricávamos os nossos carrinhos, com rolamentos ou rodas de charrua, e passávamos tardes intermináveis de boa disposição deve ser sempre uma actividade acarinhada e desenvolvida em prol das amizades por vezes perdidas.
Terá inicio ás 9:30, junto à sede da SRC, com uma prova de descida em contra relógio das ruas de Colos e posterior entrega de pémios, com um prémio suplementar para o carro mais criativo.
Inclui T-Shirt alusiva ao evento, para cada participante, e almoço.
11 de Abril
Jogo de Futebol Solteiros VS Casados
Com inicio ás 15:00 horas no Campo de Futebol de Colos, este é um dos mais engraçados e tradicionais jogos realizados em Colos ao longo dos tempos, nem sempre com a regularidade anual que deveria ter, sempre que se realiza é motivo de festa para todos, participantes e público, reúnem-se velhas glórias das saudosas equipas SRC dos anos 80 e 90 com as mais novas gerações de futebolistas, são sempre jogos memoráveis.
Inclui jantar convívio para todos os participantes
17 de Abril
Passeio Pedestre
Com inicio às 9:00 horas na sede da Sociedade, toda a população que quiser participar nesta actividade física ancestral, caminhar faz parte do homem deste os seus primórdios, vai-se mostrar algumas das paisagens únicas da nossa localidade e promover o desporto pedestre junto de todos
Oferta de pequeno-almoço e boné alusivo ao evento.
17 de Abril
Torneio de Tiro ao Alvo Masculino e Feminino
Mais uma actividade tradicional em Colos, na SRC em particular
Realiza-se na sede da Sociedade Recreativa Colense a partir das 14:00 horas com taças e medalhas até ao 15º classificado nos masculinos, e até ao 5º nos femininos.
Lanche para todos os participantes
18 de Abril
I Passeio de Motorizadas
Com inicio  pelas 8:30 junto a salão de Festas da Junta de freguesia de Colos, pretende-se percorrer alguns caminhos da freguesia de Colos e freguesias vizinhas com o intuito de mostrar aos participantes o interior do Concelho de Odemira e proporcionar a todos um são convívio junto das antigas motorizadas que foram em tempos o principal meio de transporte por estas terras e montes
Irá oferecer-se um pequeno- almoço de entrada e uma T-Shirt alusiva ao evento, no fim teremos o tradicional almoço de convívio ente todos
28 de Abril
I Concurso de Fotografia
Este concurso, o primeiro do género em Colos promovido pela SRC, irá decorrer durante todo o mês de Abril, e está subordinado ao tema "A Vila de Colos".
O prazo de entrega das fotografias para apreciação do júri será até dia 20 de Abril com a entrega de três fotografias por concorrente.
As fotografias seleccionadas estarão depois em exposição na sede da colectividade até ao dia 28 de Abril, dia em que se irá proceder à divulgação das três fotografias vencedoras e entrega de prémios.