Um dia, na primeira metade do século XX, alguém disse que no começo dos anos 50 desse mesmo século, a motorizada ia transformar o Portugal rural e das aldeias. Assim aconteceu. A motorizada implementou-se por todo o país, num êxito que se deve, em parte, aos inúmeros fabricantes de motorizadas, principalmente do Norte, mas também aos inúmeros importadores e comerciantes ligados ao meio com enorme paixão.
Se a roda marcou a evolução da humanidade, duas rodas e um motor abriram, no século XX, novos horizontes ao homem, dando-lhe uma nova mobilidade, novas capacidades, desafiando os limites da velocidade, estimulando a competição e permitindo-lhe circular com uma outra versatilidade.
O termo «moto» é hoje convencionalmente usado para definir um veículo com duas rodas e um motor. Todavia muitas foram as designações que, até hoje, desde a sua criação, se utilizaram para a identificar: bicicleta-automóvel; bicicleta ou triciclo com motor; motociclo; motocicleta; motoreta; motorizada; velomotor; petrolete; velocípede com motor; bicicleta a petróleo e por ai fora……entre nós, no Alentejo, em Colos, são conhecidas por motorizadas, e são essas mesmas motorizadas que pretendemos recordar no 1º Passeio de Motorizadas da Sociedade Recreativa Colense.
De terra em terra, de monte em monte, de lugar em lugar, vamos reviver tempos idos e percorrer os velhos caminhos que os nossos antigos tantas vezes trilharam, de verão e de inverno, nos seus afazeres diários, idas e vindas do trabalho ou por puro divertimento, vamos recordar as Casal, as Zundapps, as SIS, as Macal, as Sachs, as Vilar, as Famel e todas as outras que nos honrarem com a sua presença.