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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O estado a que as coisas chegam

Em Colos chegamos a um estado lastimoso depois do inicio das intermináveis obras do “Jardim de Betão”, (novo nome para a antiga, e saudosa, Eira da Lagoa), que, mais parecendo uma epidemia ultra-contagiosa, não se limitaram a destruir este espaço da Eira, a desordem dos trabalhos alastrou às ruas adjacentes e continuou já em terrenos privados junto à Escola Secundária Aviador Brito Paes. 
É uma vergonha o estado em que algumas ruas de Colos estão actualmente, e as obras, de momento, continuam paradas sem fim à vista. 
Na Eira da Lagoa, como se já não bastasse o polémico e duvidoso projecto arquitectónico, as obras são uma desgraça para todos e em particular para quem vive nas ruas contíguas ás obras, conhecidas por Ruas Nº1 e Nº2, as mesmas foram esventradas vezes sucessivas para logo depois serem deixadas ao abandono e à fúria das intempéries, com o inverno transformam-se num mar de lama e água, buracos e detritos, um horror e um pesadelo para os residentes que têm de usar da genica física e mental para entrar nas suas próprias casas. 
Mas hoje quero focalizar o estado de toda a zona envolvente à Escola Secundária Aviador Brito Paes. Este equipamento, que engloba todas as escolas dos nossos alunos num só espaço, é uma das mais-valias da nossa terra, mas cada vez que vem uma tempestade ou apenas umas chuvas mais fortes, fica numa situação quase “refém”, as enxurradas arrastam lama e terras, as ruas e todo a parque de estacionamento ficam transformados em depósitos de entulho e lixo que obstruem as sarjetas existentes, impedindo o escoamento das águas pluviais 
As origens do problema são duas, as infindáveis obras da Eira da Lagoa, e o terreno de frente para a Escola secundária Aviador Brito Paes, que foi legalizado para urbanizar, e onde foram efectuadas obras de saneamento básico e infra-estruturas. Este terreno confronta na sua totalidade com uma das duas únicas ruas de acesso à Escola, e se as obras da Eira destruíram uma delas, as obras de urbanização deste terreno destruíram a outra, desde o ano passado que as fortes chuvas tomaram conta deste espaço, abrindo enormes buracos e, como já referi, arrastando quantidades consideráveis de detritos e entulho, gravilha e terra, para o largo da Escola Secundária. 
A Rua Nº2, que também dava acesso á escola, esta inacabada e bloqueada com rede e duas barreiras de entulho, mais parecendo uma zona de guerra e impossibilitando os residentes de circularem, existe mesmo um terreno com casas cujo proprietário não tem acesso, 
Como podem ver pelas imagens, toda a zona envolvente da escola é uma desgraça e uma vergonha, as bermas da mais movimentada rua de acesso á escola apresentam extensos buracos, quase impossibilitando o tráfego automóvel nos dois sentidos simultaneamente, os passeios para os peões estão bloqueados ou interrompidos, apresentam muitas e diversas deficiências, irregularidades e armadilhas, existem buracos perigosos não sinalizados onde qualquer criança ou adulto pode facilmente cair e ficar gravemente ferido. 
O vandalismo, lixo e desordem são uma constante por todo o lado, dando assim um aspecto de anarquia, terceiro-mundismo e pobreza, mas que eu saiba, ainda estamos numa pacata vila de província em Portugal, não estamos numa favela do Brasil nem na periferia de Lisboa. São estes os exemplos que os nossos filhos vêem todos os dias, é a escola deles, a terra deles, mas a responsabilidade, de quem é?



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