O evento teve lugar dia 20 de Abril, no recinto exterior da Escola de Colos, com a participação de inúmeros alunos de todas as classes, desde a pré primária aos escalões superiores.
Todos puderam ver alguns excelentes exemplares desta raça, que se passearam pelo recinto em conjunto com os seus donos e com as crianças, numa harmonia muito saudável.
Esta raça de cão, tipicamente alentejana, esteve practicamente extinta em meados do século passado, mas a acção concertada de alguns amantes destes magníficos animais possibilitou a sua reabilitação como raça e a sua crescente divulgação e criação.
Esta é uma raça caracterizada pela sua Nobreza, Coragem e Dignidade, de grande corpulência, forte, rústico, sóbrio e tranquilo.
Excelente guarda das herdades e quintas, é igualmente guarda de rebanhos de muito préstimo, mais vigilante durante a noite,sendo pouco tolerante na defesa do território ou de qualquer bem à sua guarda. De expressão calma e segura, nem agressivo, nem manifestando timidez.
Julga-se que poderá ter a sua origem em Molossos provenientes da região da Ásia Menor.
O certo é que dada a sua corpulência e valentia foram utilizados por tribos cuja subsistência dependia da pastorícia, desempenhando um papel fundamental neste tipo de comunidade. Com o aparecimento do fenómeno designado por transumância, o qual levou à deslocação temporária de grandes rebanhos, verificou-se que estes se encontravam expostos a vários perigos durante as grandes caminhadas. No trajecto que efectuavam no Verão para as montanhas e no Inverno para as planícies, os rebanhos eram sempre acompanhados por cães de grande corpulência, o que terá dado origem à sua disseminação ao longo do percurso de região para região.
Assim se explica o surgimento deste poderoso cão na planície Alentejana, o qual a partir de finais do século XIX passou a ser designado por Rafeiro do Alentejo.
Quer agradecer ao Eng. Evaristo Cutileiro a agradável conversa que tivemos e a todos os restantes a presença na nossa terra com os seus magníficos animais, bem hajam!