Páginas

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Mapa administrativo de Portugal - Quem ainda se lembra?

Quem ainda se recorda dos antigos mapas de parede que existiam nas nossas escolas primárias, tanto o de Portugal como o dos arquipélagos da Madeira e Açores e ainda de todas as províncias ultramarinas, como Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Angola, Moçambique, Índia Portuguesa (Goa, Damão e Diu) e finalmente o longínquo Timor?
Eu ainda me recordo perfeitamente, embora no meu tempo de escola já não se utilizassem tanto como método de aprendizagem e fossem mais objectos decorativos recordando uma escola mais antiga, assim como os crucifixos por cima do quadro de ardósia e as fotografias, entretanto retiradas, do Dr. Oliveira Salazar e do Presidente Américo Tomás.
Quantos dos nossos pais nessa altura não foram chamados ao quadro para indicar cidades, capitais, províncias, rios, serras e caminhos de ferro? É certo que à conta de tanta disciplina e método, nessa altura aprendia-se mesmo, pelo que a História e Geografia tinham que estar na ponta da língua, ou seja, de cor-e-salteado, mas por vezes lá surgia a confusão: O rio Limpopo seria de Angola ou Moçambique? E o rio Cunene? E o Kuanza?
Com muita nostalgia, hoje publico um desses mapas, o do Portugal Administrativo, retirado de um antigo livro escolar, com a indicação das províncias, as capitais de distrito, os rios, as serras e os caminhos de ferro.
O geógrafo Amorim Girão entre 1927 e 1930 dividiu Portugal Continental em 13 regiões naturais. Em 1936, o Estado Novo criou 11 províncias com base nos seus trabalhos.
As regiões naturais de Trás-os-Montes e Alto Douro foram agregadas numa só região, tal como as regiões da Beira Alta e Beira Transmontana.
Guardo um fascínio particular por mapas, pelo que tenho um bom conjunto deles, incluindo diversos atlas. Fascinam-me também, de modo especial, os antigos mapas do tempo dos descobrimentos.