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sábado, 26 de dezembro de 2015

Há dias assim



 Fervo em pouca água, como se costuma dizer, especialmente no meu trabalho, mas não só, pessoalmente, no trato directo posso ser uma excelente pessoa, ou a pior das companhias, sinto e penso que não estou para aturar tanta merda, tanta injustiça e falsidade, hipocrisias, traições ou "chico espertismos" à moda portuguesa. Eu sei lá se estou vivo amanhã, ou depois, ou no próximo ano? Provavelmente nem chego aos 50, estou-me a cagar para aturar certas coisas que para mim já não me fazem sentido e desato a disparar em todos os sentidos, atingindo quem se meter a jeito.
Dizem que sou radical, apelidam-me de tudo e mais alguma coisa, criaram-me uma reputação que não corresponde à realidade com reais intenções de me prejudicarem pessoal e profissionalmente, e com alguns resultados positivos, desgastantes e cansativos, custa ser um resistente por tanto tempo, já cai e me levantei dezenas de vezes, para desgraça de alguns palhaços que apenas gostam de ver bonecos de graça, sou constantemente descriminado porquê? Por ser alcoólico? Se querem mesmo falar disso, assumam-se, tenham colhões e assumam-se, porque na terra existem muitos mais, encapotados e escondidos, com medo da vergonha ou da discriminação, isso é uma treta, porque na verdade toda a gente sabe quem são, mas o eterno "oficial" serei sempre eu, uma espécie de bode expiatório, devo dizer que começo a ficar um bocado farto disso também! Esta coisa de uns serem filhos da mãe e outros filhos da puta tem de acabar.
Por ser psicologicamente e emocionalmente instável ou desequilibrado? O que é que isso interfere com a minha capacidade mental ou profissional? Na minha profissão para me chegarem aos calcanhares em ternos de honestidade profissional e integridade, ainda têm de gatinhar um bocado, mas só isso já explica muita coisa.
A corrupção não existe apenas ao nível monetário ou material, essa é a corrupção básica, a corrupção existe a outros níveis mais elaborados e coexiste com a chantagem psicológica e emocional, com o medo e com a coacção mental, assim como existe, descaradamente, nas relações de "amizade", e nos meios pequenos, como aquele onde estou inserido, só não percebe quem não quer, basta observar as instituições e as pessoas, e a partir dai as relações de cumplicidade que se adquirem sem razão aparente, os favores e as falsas obrigações, é tudo uma teia que se cria, cresce e se desenvolve favorecendo uns e prejudicando outros.
Um dia, se eu começar a falar ou a escrever, vai tudo no caralho, como se costuma dizer, porque eu trabalho nisto desde os 14 anos e já vi muita coisa, sei muita coisa e sei como é que isto funciona, e como tenho a tal "carta de maluco" começo a pensar que vai chegar o dia que posso dizer tudo, como os loucos, com a diferença que a minha loucura, se calhar, vai incomodar muita gente.
Passem bem e não me fodam a cabeça!